terça-feira, 2 de março de 2010

ALGUÉM AVISOU AS RABIDANTES?

Primeiros meses de 2010...

Este mar que nos liga e isola do mundo e que definitivamente nos separa uns dos outros não é nada face à unidade que sentimos agora em relação às mudanças climáticas. Credo! Tivemos um Carnaval mesmo calorento! Quem trajou as vestimentas menos pudicas, não sentiu o ventinho fresco e incomodativo (com todo o respeito à mãe Natureza) dos anos anteriores. Enfim!!! Funciona como que um descontrolo de fuso horário, a temperatura nos relembra o Verão. Mas é um Verão que sabe a artificial, sem o cheiro a mangas de terra, sem as caras novas típicas das férias. Um Verão em que os meninos ainda usam as fardas escolares...


Os meteorologistas responsáveis não avisaram às rabidantes que não era preciso trazerem casacos de peles sintéticas. Que mais não avisaram?


Agora sim, o medo começa a instalar-se mesmo. Hoje em dia , os pensamentos estapafúrdios e absurdos das noites de insónias voluntárias ou involuntárias, passíveis de ocorrer a um cabo-verdiano, incluem também solucionar mentalmente o problema: tsunami em Cabo Verde, que tipo de abrigos construir? Se as ondas tiverem mais de duzentos metros não é preciso pensar em soluções, ficaremos reduzidos ao que sempre fomos (dos restos da Atlântida perdida), numa versão mais molhada .


Mas se as ondas forem menos de duzentos metros, teremos de pensar em construção de abrigos, e se a insónia for daquelas ferradas, o pensamento vai mais longe, já estaremos a resolver problemas geológicos e matemáticos inventando inclusive fórmulas inéditas sobre como sobreviver aos desabamentos, aos esgotos a céu aberto, e por aí adiante...

As nossas tropas serão suficientes? Com a unidade climática, em vez de ajuda externa passaremos a ter ajuda interna. Ela chegará a todas as vítimas das mudanças climáticas mundiais?

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