Estas coisas são mesmo assim, não se explicam, o mistério mantém-se.
Por isso, é sinónimo de fonte que implica vida e explica tudo. A paixão pelo mistério é igual a obsessão pela vida, igual a origem. As soluções estarão sempre aí nos primórdios de todas as coisas. Temos o princípio do éter, existimos e somos voláteis no tempo. Dorme em nós o conceito do fogo, nascemos, atingimos um certo ponto e extinguimo-nos como uma estrela, elas também têm um último brilho (que chega até nós instantes ou eternidades depois). Somos sólidos e quase 100% água. Contradizemo-nos como o Sol que se queima a si próprio enquanto distribui vida. Estamos onde queremos estar, ou onde queremos ser vistos? Sorrimos chorando, choramos por nada, tarde de mais. E continuamos. Com a Internet descobrimos uma espécie de telepatia, e isto é só o princípio, dizem. Apesar do complexo pelo nosso passado obscurantista, temos que admitir que a Probabilidade é a arte de premonição. Por vezes deixamo-nos levar pela armadilha invisível da ilusão de eternidade, mas em contrapartida sentimos saudades de nós próprios, a tal ponto que tapamos os ouvidos para evitar a audição daquela música que nos reporta para a dimensão que tentamos ignorar, por impotência. Daí o fascínio pelo mistério da vida.
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