quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Estamos em festa

Estamos agora a celebrar simbolicamente a democracia, durante duas semanas temos festa quase todos os dias, sim o país está em festa.
Estamos em festa, os jovens sentem que têm o poder de decidir pelo seu país, muita sedução no ar…
Estamos em festa, combinamos encontros românticos em comícios, mascaramo-nos das bandeiras de nossas convicções, é verdade, sorrimos mais… Mais meninos vão nascer daqui a 9 meses…
Estamos em festa. Cada um com a sua ideia, sabemos que isso é bom…Rosnamos uns com os outros porque sabemos, consciente ou inconscientemente, que isso é importante para todos… E fosse sempre o mesmo também não haveria piada nenhuma. Uns mergulham em utopias, outros em batalhas supérfluas e o mecanismo funciona.

 Estamos em festa, é só sorrisos e jejum de reuniões com conteúdo vazio e de espezinhamento verbal, é preciso aparentar doçura, não vá o diabo tecê-las.

Os partidos apostam fundos e energia para transmitirem as suas ideias da melhor forma possível. Aqueles que apostam no partido do governo festejam numa ardência de orgulho e emocionalmente convictos. Os que apostam nos partidos de oposição festejam convictos e emocionalmente certos de necessidade de mudança. Contudo estamos cientes que a festa tem um outro lado.
A Ciência política trabalha um conceito instrumental denominado de clientelismo. Como funciona isso aqui em Cabo Verde? Por exemplo: Uma pessoa rica, fanática por um determinado partido financia o mesmo em vários aspectos, isso não é novidade, mas é tabu. É claro que todos temos o direito a um fanatismo qualquer. Mas há fanáticos cegos que apresentam uma preguiça mental e uma mesquinharia tal que todas as suas acções vão contra o progresso. Este tipo de fanatismo compra pessoas que em troca se convertem automaticamente. Este tipo de fanatismo promove a mediocridade e a superficialidade, promove o plágio, e a falsidade em assuntos que quanto mais autênticos melhor, em assuntos carentes que passam longe do superficial. E os seguidores manteigueiros igualmente avarentos, assumem descaradamente a sua falta de criatividade e vestem uma roupagem de tipo policial para que ninguém ouse criar… Por isso, um apelo: mais cuidado na selecção dos lunáticos….Please!!!

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