Gostaria de citar uma passagem interessante e inovadora publicada num dos jornais da nossa terra. São palavras que muito raramente escapam à censura austera e aparecem impressas.
Para os conservadores tais palavras revelam nada mais do que rebeldia.
"O tempo dos gestores e directores -gerais nómadas, emperradores de sitemas e lacaios engravatados de um governo centralizador, está chegando ao fim, cedendo lugar a líderes de processos onde são muito mais enfatizadas as relações dinâmicas que as próprias entidades individuais."
Extraído do Artigo de Carlos Araújo in Jornal A semana , sexta-feira, 7 de Janeiro de 2010
Aprecio a ideia de Araújo. Na verdade, quem nunca conviveu com figuras denominadas de directores gerais de não sei quê, pode não ver bem o cenário. O que é facil para quem já visitou e ou convive com as figuras ridículas dos "lacaios engravatados" -Faltam mais apelidos: Mesquinhos, Fascistas, Servos (por ignorânica) da desgraça do povo e portanto da sua própria desgraça.
Mas simpatizo mais com a expressão emperradores do progresso do que a de "emperradores do sistema" utilizada pelo autor. E em vez de" governo centralizador" diria sistema centralizador. Porque estamos perante um problema de centralização que ultrapassa o domínio dos governos. Esta moda de centralizar, que começou com os modelos governamentais, foi adoptada a todos os níveis possíveis e imaginários, privados e semi-privados, dependentes, independentes, para o bem, para o mal, para coisas meio termo e também para as coisas assim-assim.
Sistemas de tal envergadura acabam um dia, mas leva tempo, pois, neste caso já é uma cultura. Já se pode sentir esta forma de viver no suor de cada um de nós.. Precisamos de tratamentos trangénicos para mudar. E para isso é preciso muita ciência... e paciência.
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